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  • Extra! Extra!

    Dicas da Aline T.K.M.: Livros

    Bom dia, gente amiga! A minha convidada para o Especial: Mês das Mulheres de hoje é a querida amiga Aline T. K. M., do blog Livro Lab! Claro que ela escolheu dar dicas de algo que conhece muito bem: Livros! Aproveitem bem cada dica imperdível dela! A palavra é sua, Line! =D


    DICAS DE LIVROS POR ALINE T.K.M.

    O Olho Mais Azul, de Toni Morrison

    Não é uma leitura fácil. Esse livro é desafiador por trazer uma história que rasga a gente em pedacinhos. A protagonista – uma criança – é simplesmente massacrada pelo racismo, tem sua identidade destruída e está inserida em uma família que não oferece o menor suporte. Amo esse livro porque faz a gente refletir sobre o dano que o racismo (e as desigualdades, e o padrão de beleza, etc) faz na sociedade e, mais especificamente, na vida de indivíduos, especialmente quando estes são fragilizados. Além disso, a autora foi a primeira mulher negra a receber o Nobel de Literatura.


    Anne de Green Gables, de L. M. Montgomery

    Esse livro, que inspirou a série Anne With an E, é um sopro de frescor e otimismo! A trama é doce e a protagonista é superengraçada e extremamente única. Ela vive a vida com uma intensidade absurda (e invejável), diz coisas que só podem sair da boca dela e fala muito (sério, muito). A leitura flui de um jeito delicioso e não tem como terminar esse livro sem um sorriso no rosto e o coração mais quentinho.


    Precisamos Falar Sobre o Kevin, de Lionel Shriver

    Um dos meus livros preferidos de todo o sempre, Precisamos Falar Sobre o Kevin é um relato sincerão sobre um tema que, incrivelmente, ainda é um grande tabu: a maternidade e os sentimentos que a envolvem. A história é fictícia, mas poderia muito bem ser real. Me senti especialmente envolvida com essa mãe que não queria exatamente ser mãe e que não consegue estabelecer um laço verdadeiro com o filho – nem ele com ela. Para piorar, logo no começo a gente fica sabendo que o Kevin cometeu um ato horrendo. A delícia desse livro é que ele coloca o leitor num impasse: a relação com a mãe teria tido alguma influência na pessoa que Kevin se tornou? Ao mesmo tempo, a mãe é tão vítima da coisa toda quanto as próprias vítimas das crueldades de Kevin.


    Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez

    O que falar de Gabo?! Esse é um dos livros da minha vida, de um dos meus autores favoritos! Cem Anos de Solidão é especial porque fala de um lugarejo (que pode ser tantos por aí) e fala de uma família cujas gerações vão se sucedendo diante dos nossos olhos. A realidade é pincelada com elementos fantásticos, e as pessoas e histórias vão se mostrando mais parecidas do que imaginamos ser possível. A narrativa do García Márquez é deliciosa e muito bonita, poética. Para a experiência com esse livro ser completa, é imprescindível desenhar a árvore genealógica dos Buendía conforme a leitura vai acontecendo – as edições mais novas já vêm com uma, mas, sério, desenhar você mesmo dá uma outra vibe!


    Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick

    Amo uma boa ficção científica e Philip K. Dick é um dos meus autores preferidos do gênero. No livro que inspirou o filme Blade Runner, a gente é inserido num mundo pós-apocalíptico e os problemas e questões que ele apresenta são versões exageradas daquilo que hoje a gente consegue reconhecer na sociedade. Aliás, o livro é de 1968, mas seus temas são muito atuais. Ele traz questões como status e fanatismo, e, ainda, o que é ser humano, de um jeito que faz o leitor viajar por horas. Simplesmente genial.



    1984, de George Orwell

    A distopia das distopias! 1984 é um livro que me marcou imensamente e é um livro necessário. Extremamente atemporal, a trama aborda os governos totalitários, a manipulação da verdade – e, indo mais a fundo, o que é a verdade? –, a liberdade de pensamento, os mecanismos de controle dos indivíduos e do embrutecimento geral. Este é mais um livro que faz a gente pensar e que conversa totalmente com a nossa realidade. Se por um lado as distopias trabalham com o exagero, com o extremo, por outro, uma coisa é certa: a gente só costuma perceber os problemas quando eles já se tornaram uma imensa bola de neve. Aqueles primeiros sinais de alerta, que podem indicar o início de algo bem esquisito, muitas vezes passam batido – e é aí que mora o perigo.




    2 comentários:

    1. Ahhh, adorei participar dessa semana especial aqui no site, Tom! Muito obrigada pelo convite!!! Esses são livros muito especiais para mim, espero que o pessoal curta as dicas. <3

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      Respostas
      1. Ah, certamente curtiram, Line!! Muitíssimo obrigado por aceitar o convite, sempre que quiser o espaço aqui é seu! ^^

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