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  • Extra! Extra!

    Dica da Manô - A Quinta Estação de N. K. Jemisin

    Olá, gente amiga! Hoje é um dia especial! Temos a primeira "Dica da Manô"! Minha grande amiga Manoela Costa, que vocês já devem conhecer pelos quadrinhos maravilhosos que eu indiquei por aqui, também ama ler e indicar seus livros favoritos, então chega do Tom tagarelando e vamos para a primeira dica dela, que é uma resenha do livro "A quinta estação" da Editora Morro Branco! Com a palavra, Manoela Costa! Manda ver, Manô!


    A quinta estação
    é um livro de sacudir o seu mundo, da mesma forma que o mundo de fantasia da autora N. K. Jemisin está sendo sacudido o tempo todo pela instabilidade desse planeta. Essa é uma obra pra tirar o equilíbrio do leitor, e a história já começa fazendo isso porque te joga naquele universo, sem nenhum remorso, e você que corra atrás!

    Esse livro tem três núcleos narrativos: o primeiro da Damaya, o segundo da Syenite, e o terceiro da Essun.

    Damaya é uma criança que está prestes a conhecer o mundo pelo que ele realmente é e descobrir como ele vai tratá-la em retorno. A Syenite é uma mulher adulta e ambiciosa, lutando por qualquer migalha de dignidade que ela consiga em um mundo que não está disposto a dar isso pra ela. Já Essun é uma mãe devastada pela morte do próprio filho, buscando alguma resolução — ou até vingança.

    Esses três núcleos narrativos eventualmente vão colidir, e é um terremoto quando isso acontece! É difícil explicar o quanto esse livro é genial. Essas três narrativas têm algo muito importante em comum e vai fazer muito sentido quando elas se encontrarem, mas contar isso já seria um tremendo de um spoiler, e eu acho que todo mundo que quer ler esse livro merece ser poupado disso.

    Outra coisa que essas três personagens têm em comum é que todas são orogenes. Nesse universo criado pela autora em que o mundo está constantemente se agitando, e o mitológico Pai Terra está sempre causando erupções e tentando se livrar da humanidade, existem pessoas com poderes especiais...

    Orogenes têm o poder de se conectar de alguma forma com a terra, com a energia térmica de seu núcleo. Elas são as pessoas capazes de evitar calamidades, terremotos e erupções vulcânicas, mas também são capazes de causar essas catástrofes, mover recifes de coral inteiros, partir ilhas e causar tsunamis.

    Todo esse poder causa medo nas outras pessoas, e dessa forma, os orogenes são tratados de maneira muito ostracizada nesse mundo. Eles são, como diz um dos personagens, os deuses acorrentados.

    Outro fator super interessante desse livro é que ele faz uma coisa muito ousada que eu pessoalmente não lembro de ter visto em outras obras: dos três núcleos narrativos, um deles —o da Essun— é escrito em segunda pessoa. Ou seja: esse livro fala com você.

    Quando a autora faz isso, você passa a testemunhar o mundo através dos olhos da Essun, e isso é muito relevante pra narrativa. É claro que essa é uma ficção científica distópica sobre pessoas que conseguem literalmente mover montanhas, mas ela também é sobre opressão, e colocando você na pele da Essun, esse livro te força a encarar isso.

    A quinta estação traz debates atemporais sobre castas sociais, sobre forçar um lugar pra cada pessoa dentro de uma sociedade. Fala das pessoas que foram oprimidas por tanto tempo que simplesmente assumem que é assim que o mundo é, e ajudam a perpetuar a própria opressão. Mas fala também sobre o que acontece quando a fagulha da revolta incendeia a mente de um oprimido.

    “Somos Deuses acorrentados e, pelas ferrugens. Isso. Não. Está. Certo.

    Esse livro começa, de acordo com sua própria sinopse, onde tudo termina. É uma narrativa que tem como evento incitante nada menos que o fim do mundo, e essa afirmação pode ser interpretada de muitas formas.

    Para Essun, é o fim do mundo quando seu filho é assassinado. Ao mesmo tempo, em algum lugar distante, uma capital inteira foi engolida por um cataclisma sem precedentes. Conforme as chamas e cinzas se espalham, toda uma sociedade começa a ruir e então temos ainda um outro fim do mundo: uma nova Estação.

    Na cosmologia desse livro, toda vez que o mundo é abalado por um evento tão poderoso e sísmico que causa a destruição total ou parcial de uma civilização, esse evento é chamado de uma nova Estação. É nesse fim de todas as coisas que começa nossa história.

    "Inverno, primavera, verão, outono; a Morte é a quinta e ocupa o trono."

     


    A quinta Estação (Título original: The fifth Season)

    Autora: N.K. Jemisin

    Ano: 2015

    Editora Morro Branco



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