Dica do Tom: Calendar, Mangá de Lígia Zanella
Muito bem, gente amiga, quem me acompanha faz algum tempo já deve ter ouvido falar de Calendar, mangá de Lígia Zanella, que conheci em uma das muitas visitas que faço aos becos dos artistas (ou Artist's Alley, pra quem preferir) nos eventos em que participo, e que conseguiu a minha atenção desde o primeiro volume... Terminei o terceiro, e é hora de compartilhar com vocês essa dica, desta vez conhecendo do início ao fim, sempre com cuidado para não soltar nenhum spoiler!
SUZAN, APARÊNCIAS E TOM ADOLESCENTE
Suzan Alves, ou simplesmente “Suzy” para os amigos, é vive para seu trabalho, e faz isso muito bem! Seus problemas começam quando, inesperadamente, ela é demitida... Às vezes é preciso que algo "ruim" aconteça para que possamos enxergar além das paredes que nos cercam. É justamente nessa fase difícil que Suzan conhece Victor, um jovem que consegue logo cativá-la com seu jeito e sua visão sobre a vida, e várias mudanças começam a acontecer na vida da jovem a partir daí!
Os personagens começam a aparecer e, aos poucos, vamos conhecendo melhor cada um deles. Victor, Charles, Mayara... todos eles tem características bem marcantes, mas conforme a história vai avançando percebemos nossa impressão sobre cada um deles podia estar errada, assim, vamos sendo surpreendidos, assim como a protagonista!
Quem dá essa dica é minha versão adolescente, e o motivo para quem conhece minhas tirinhas se torna óbvio: Dos três ele é o que ainda acredita no amor, e "Calendar" é isso, uma linda e comovente história de amor... Não apenas isso, como vou comentar, mas eu diria que sua essência é essa! (Sim, esse é o "Calendar" sobre o qual Tom e Jon falam na tirinha abaixo, que você talvez já tenha lido)
Tom adolescente adorou Calendar! O adulto também, mas por motivos diferentes! =P |
MUITO ALÉM DO ROMANCE
É como eu disse! Apesar das altas doses de amor, o mangá vai muito além disso, mas isso não é muito perceptível no primeiro volume, é bom avisar! Nele já temos reflexões valiosas sobre a vida, como por exemplo a questão de considerar uma pedra no caminho apenas uma "pedra" ou um degrau para alcançarmos novos horizontes, mas a mudança mais significativa ocorre do segundo para o terceiro (e último) volume da série. Se começamos a leitura pensando se tratar apenas de triângulos amorosos e problemas de relacionamentos, ao chegarmos no final do segundo volume temos um grande choque ao ver a trama tomar um outro! Eu tive! Você provavelmente vai ter também! Então, se você for tipo o Tom adulto, que não é lá muito fã de histórias de amor, ainda assim eu recomendo muito que dê uma chance ao Calendar.
Ah, IMPORTANTE: No final do segundo volume, há um texto da autora que pode ser considerado um spoiler, então sugiro que você não leia até terminar o terceiro volume, OK? Mesmo que depois ache que o que eu disse é bobagem e que poderia ter lido o texto da menina, um Tom prevenido vale por dois!
A CONCLUSÃO DA HISTÓRIA
É no terceiro volume que me emocionei e chorei demais. OK, eu choro bastante e por inúmeros motivos, mas realmente esse desfecho traz momentos muito marcantes que levarão os leitores mais sensíveis às lágrimas sim! E sabe o título do mangá? Calendar? É aqui que vocês vão descobrir o porquê dele, meus caros amiguinhos! Quando eu descobri fiquei tipo "ahhhhh" e depois "uaaau" e ainda "puxa vida, menino"! Uma bela sacada da autora mostrar isso só no final, criativo e funcionou muito bem!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, acho que consegui falar o que achei de "Calendar" sem soltar nenhum spoiler né? Além da história, vale reforçar que a arte é muito bonita, há páginas em que eu me pegava demorando para virar por apreciar os detalhes das ilustrações! Acho que é necessário muito talento e disposição para fazer uma série de três volumes, desde o roteiro até a arte-final, sem contar na coragem, pois sabemos que para os autores independentes não é nada fácil produzir e vender quadrinhos, mas que bom que Lígia teve tudo isso e nos presenteou com essa linda obra.
IMPORTANTE, DE NOVO: Para concluir, deixo uma dica dentro da dica! No último volume, a autora sugere que a leitura seja feita enquanto ouve uma playlist de músicas instrumentais criada por ela, e acho que isso pode ser feito desde o primeiro volume, pois a experiência com o último foi tão boa que pretendo reler todos novamente ao som dessa trilha especial!
É isso aí, gente amiga, é como eu sempre digo: Mesmo que seja romance, leia, pode ter muitas coisas boas na história! Na verdade eu acho que nunca disse isso, mas tá valendo, haha! Espero que tenham gostado da dica, nos vemos nos próximos textos, um abraço e até lá!
Tom Dutra
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